quinta-feira, 6 de abril de 2017

CULTURA, ARTE, EMPREENDEDORISMO E SUCESSO EM FAMÍLIA

Por Wellington Lisboa
Luana e Marcos Bandeira

      Embora a nova tecnologia da comunicação tenha evoluído de forma extremamente veloz e quase que assustadora, unindo ou afastando a sociedade contemporânea, testemunhar a iniciativa de dois jovens irmãos com a proposta de resgatar uma cultura centenária e, com ela, a cidadania, é gratificante. Uma iniciativa que tem todo o merecimento de atenção e incentivo fiscal. 
        Os irmãos Luana e Marcos Bandeira, ela Rainha de Bateria e ele bailarino e coreógrafo, sem ter o menor tipo de patrocínio, tocam o “Projeto Origens” que está a seis anos atendendo as comunidades do bairro Estácio, no Rio de Janeiro, com o objetivo de propor a união e o resgate da Cidadania e da identidade individual, porque não afirmar, coletiva também através da dança. Luana e Marcos reúnem crianças, adolescentes, adultos e idosos.
        Com 28 anos, completados no dia 15 de dezembro, Luana Bandeira, além de exercer o cargo de Rainha de Bateria, ser modelo, atriz, professora de capoeira, e assistente de palco do programa Caldeirão do Huck, na Rede Globo, é a coordenadora e professora do Projeto Origens. Marcos Bandeira, aos 25 anos, é dançarino formado pela Escola de Dança Maria Olenewa e coreógrafo. Ele afirma sobre a origem do projeto, “Decepção com familiares, com as pessoas e com a arte”, “Origens é o começo de tudo”. De acordo com Luana Bandeira, o jongo, o maculelê e a umbigada, danças trazidas pelos negros escravizados, são resgatadas com o intuito de conhecer a origem do que se ouve hoje em dia. Ela faz a proposta: “...antes de querer dançar um determinado cantor ou cantora, como muitos pedem, vamos às origens deles?...”.  
            É profundamente lamentável que um projeto como esse, não tenha a visibilidade e o patrocínio devido, em comparação a vários outros que acabam servindo para lavagem de dinheiro, e ainda servindo a grande parte de uma sociedade injusta, em face de outra parte duramente estigmatizada. De suma importância que um projeto como esse, receba incentivos, não somente do Poder Executivo (nas esferas Federal, Estadual e Municipal), como também, da iniciativa privada.

          Questionados sobre o que prepararão sobre os 100 anos do Samba, ambos respondem: “Surpresa! Quem sabe Ismael Silva, Sinhô...”

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